No Evangelho de hoje (Mt 5,20-26), Jesus nos convida a ir além das aparências e formalidades. Ele nos alerta: não basta seguir regras externas — é preciso viver uma justiça que transforme o coração. A verdadeira fidelidade ao Reino exige reconciliação, perdão e sinceridade interior. A raiva, os insultos e os julgamentos ocultos tornam-se prisões invisíveis que nos afastam de Deus.
Jesus não está interessado em oferendas no altar enquanto carregamos mágoas e divisões. Ele nos convida a dar um passo concreto: se houver algo mal resolvido com alguém, que a reconciliação venha antes do culto. Este é o verdadeiro sacrifício que agrada ao Pai: a paz com o próximo, a humildade de pedir perdão e o esforço de perdoar.
Na primeira leitura (2Cor 3,15–4,6), São Paulo fala sobre o véu que encobre os corações dos que não se abrem à luz do Evangelho. Mas quando o coração se volta ao Senhor, o véu cai, e a liberdade do Espírito transforma nossas vidas. Somos chamados a refletir a glória de Deus com o rosto descoberto, ou seja, com autenticidade e fé vivida no cotidiano.
Que neste dia, inspirados pelos santos como Beata Maria Cândida da Eucaristia e Santo Onofre, aprendamos a retirar os véus do orgulho, da raiva e da indiferença. Que a luz de Cristo brilhe em nossos gestos, palavras e decisões.